O Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, se encontra num endereço privilegiado - a Av. 1º de Março com a Candelária - finalzinho da Av. Presidente Vargas. Sua localização estratégica, tem sido para o bem e para o mal, servido como ponto de encontro de amigos para o inicio da noite quanto para as atividades culturais que rolam no espaço, tal qual tem sido encontro com a violência que ronda região da Candelária.
Sem duvida é um dos ponto culturais mais visitados do centro do Rio, tanto pelo fácil acesso, tanto pela sua gratuidade, além de muitas de suas atividades também serem gratuitas.
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Fachada do CCBB Rio de Janeiro |
Para entendermos melhor o CCBB, vamos ler o que na pagina deles eles falam:
A História
O CCBB Rio de Janeiro ocupa o histórico nº 66 da Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, prédio de linhas neoclássicas que, no passado, esteve ligado às finanças e aos negócios. Sua pedra fundamental foi lançada em 1880, materializando projeto de Francisco Joaquim Bethencourt da Silva (1831-1912), arquiteto da Casa Imperial, fundador da Sociedade Propagadora das Belas-Artes e do Liceu de Artes e Ofícios.
Inaugurado como sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 1906, sua rotunda abrigava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos. Na década de 1920 passou a pertencer ao Banco do Brasil, que o reformou para abertura de sua sede. Esta função tornou o edifício emblemático do mundo financeiro nacional e duraria até 1960, quando cedeu lugar à Agência Centro do
Rio de Janeiro e depois à Agência Primeiro de Março.
No final da década de 1980, resgatando o valor simbólico e arquitetônico do prédio, o Banco do Brasil decidiu pela sua preservação ao transformá-lo em um centro cultural. O projeto de adaptação preservou o requinte das colunas, dos ornamentos, do mármore que sobe do foyer pelas escadarias e retrabalhou a cúpula sobre a rotunda.
Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB Rio de Janeiro transformou-se rapidamente em um dos centros culturais mais importantes do País. Na lista dos 100 museus mais visitados do mundo em 2016 da publicação inglesa The Art Newspaper, o Centro Cultural do Banco do Brasil no Rio de Janeiro ocupa a 26ª colocação com 2.216.880 visitantes, o CCBB de Brasília aparece no 59° lugar com 1.122.826 e o CCBB de São Paulo fica no 68° lugar com 965.929 visitantes.
O prédio possui uma área construída de 19.243m². O CCBB ocupa 15.046m² desse total.
Não sou eu que digo que ele é um espaço super visitado, a própria instituição reconhece que ele um dos espaços mais visitados da cidade.
O CCBB tem 3 teatro, 2 salas de cinema, 1 biblioteca - muito rica em assuntos do Rio de Janeiro (falo por uso!), 1 museu permanente - no 4º andar a Galeria de Valores, onde também se encontra parte do acervo histórico do prédio, sendo sua visita liberada nos horários de visitação do CCBB. No térreo temos um café e um restaurante no mezanino, acima da livraria da Travessa.
Para sabermos mais sobre as salas de teatro e cinema deixo aqui os links do próprio CCBB - que são muito esclarecedores, explicam tudo o que cada espaço tem e como podem ser usados.
As atividades realizadas no CCBB, normalmente passam por um processo de seleção da instituição e são selecionados de acordo com as demandas e interesses em que o CCBB tem priorizado nos seus calendários de atividades. Tal como tivemos numa época uma sequência de exposições que fizeram as pessoas viajarem pelos continente- como a exposição Africa, America Latina e Leste Europeu... Cada uma em um ano, teve o intuito de apresentar a arte e os lugares sobre outros focos.
Quase esquecendo o CCBB tem um dos melhores grupo de Educativos em Museu, quem esta preocupado em levar seus pequenos ao Centro Cultural, lá tem espaço reservado e uma galera que atende com amor e dedicação em fazer arteeducação. As parcerias e os trabalhos desenvolvidos por essa galera tem dado resultados bastante positivos e eles tem compartilhado isso com outras instituições com prévio agendamento, a cada exposição eles tem elaborado um repertorio para as demandas que chegam e parte disso se retorna ao espaço quando tem atividade guiadas, mediadas e teatralizadas.
Os links:
http://culturabancodobrasil.com.br/portal/rio-de-janeiro/teatro/
http://culturabancodobrasil.com.br/portal/rio-de-janeiro/cinema/
Vamos mostra um pouco do que aconteceu agora neste últimos dias.
A visita a Exposição Yes! Nós temos Biquíni.
Duração 17/05 a 10/07 de 2017 -Uma exposição de curta duração, contudo de alto impacto. Pois durante o período da exposição ocorreu concomitante uma variedade de atividades relacionadas a exposição que estava no 2º andar.
Essas atividades foram um Workshop, com palestras ( A Revolução Feminina na Areia e Corpo de praia – A Ditadura da Beleza), Mostra de filmes, Fashionmob, Oficina de confecção de biquínis e Performance modelo viva na obra de Nelson Leirner. UFA!
Infelizmente não consegui participar de nenhuma destas atividades paralelas a exposição, mas essas atividades levam a clareza da discussão do corpo, da exposição, da mulher, do uso do espaço urbano da praia, das identidades sociais e de como esses comportamentos trazem um questionamento sobre o feminino e o público e privado.
A exposição teve e tem a curadoria de Lilian Pacce
Esse nome é bastante sugestivo e tem origem na música do Braguinha: yes! nós temos bananas!. A banana já foi um dos maiores produtos de exportação do Brasil, mas nunca o meu principal produto.E um simbolo nacional, mas nem sempre bem aceito. O biquíni por sua vez hoje também é um produto de exportação, apesar de sua origem não ser brasileira, o modelo made in Brazil faz muito sucesso e tem sempre gerado polemicas a parte. A exposição trabalha com a imagem do biquíni e o que ele tem feito no comportamento social.
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Texto do folder da exposição.
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Parte do folder e o texto de explicação da exposição. |
A exposição estava riquíssima, como peças originais, que contavam historicamente a construção do biquini dos seus primórdios até o dia hoje. Senti falta de um burquíni, que apesar não ser um biquíni é a forma que algumas muçulmanas poder ir a praia. Em uma das sala um projetor imitava as ondas do mar no piso.
A exposição foi dividida em varias partes - Atol-Bomba; Umbigo; Linha do Tempo; Sala indígena; Corpo feminino e o Imaginário; Arte e Moda e Territorios e Modos.
Cada parte da exposição ocupou parte de uma sala e tinha varias formas de interpretar. A unica linearidade foi a luz clara que acompanhou todo trajeto, como se fosse um Sol iluminando os corpos que andavam nas supostas areias apreciando os tais biquínis.
A exposição Los Carpinteiros:
Ocupa o foyer e todo o primeiro andar do CCBB.
E uma exposição de arte contemporânea, bastante irreverente e ácida, fala de forma indireta das questões culturais e sociais que se manifestam em Cuba e como isso pode causar incomodo.
Bem a exposição continua em cartaz no CCBB.
A exposição está em funcionamento de 03 de maio até 02 de agosto de 2017.
No foyer tem umas estruturas de madeira em que as pessoas podem entrar, num processo de experimentação.
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Vai meia-xícara de café? Aryana e Priscila estão ai tentando se servir . Uma parede inteira de meia-xícaras.
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Trio de amigas no luar das violas |
Fato que está ultima exposição vi primeiro que a dos Biquínis, contudo apreciei descompromissadamente. Olhar para ela estava em estar em companhia com as minha amigas que a muito tempo não nos encontrávamos, Priscila mora em Brasilia e trabalha na Funai e Aryana é pedagoga e trabalha na secretaria de educação de Niterói, cada uma de nós tínhamos impressões muito dispares para tudo que vimos nesse dia no CCBB. Elas de uma forma geral não gostaram muito das obras. Eu em particular vi um tom critico muito ácido, quase que zombeteiro, indireto e performático para questões de consumo e relacionamento social.
Arte Contemporânea nem sempre consegue agradar ou ser compreendida a contento, o seu tempo de agora, ainda é raso para a entender tudo que o artista coloca na obra, ele vai ao futuro e volta aos dias de hoje com imersões as vezes chocantes.
Bem a nossa visita ao CCBB acaba aqui, em breve temos mais noticias de lá!